Autoavaliação

Processo de Autoavaliação do PPGEA: Diagnóstico, Instrumentos e Análises iniciais

                                      

É inerente ao desenvolvimento de um programa de pós-graduação o processo permanente de acompanhamento e avaliação, que implica a participação, discussão, revisão constante de objetivos e intenções, reestruturação e reorganização de ações. Esse processo precisa estar impregnado de flexibilidade e dinamicidade para alcançar seu real propósito.

Desde esta compreensão e concepção, o PPGEA, entende a autoavaliação como um processo pedagógico dialético formativo, pois engendra e potencializa o desenvolvimento do Programa, inclusive através da explicitação dos problemas e críticas como parte do processo de melhoria constante do programa. Para tal, foi fundamental a criação de estratégias que promovam um diálogo com os envolvidos no processo de formação (docentes, discentes, técnicos e bolsistas), com avaliação e reflexão de nossos objetivos, das estratégias e problemas identificados visando superá-los, como processo de um currículo ou processos educativos vividos no programa. Os resultados dessas ações avaliativas em cada ano e durante o quadriênio (a partir de 2017) são relevantes para a revisão das metas e ações estabelecidas, compreendendo a avaliação como parte de processo permanente e obra/resultados de nossas ações educativas decorrente do diálogo entre professores e alunos, seja nas atividades de sala de aula, nas orientações, nas pesquisas ou nas atividades-meio fundamentais a realização das demais e suporte do próprio funcionamento do PPGEA e de sua melhoria constante.

Além disso, nosso processo de avaliação e autoavaliação se orienta no sentido de possibilitar a experimentação de formas de aprender com o processo, com vistas a ajustar o Programa ao seu contexto ético-político-ambiental, às pessoas que dele participam e aos resultados pretendidos segundo concepções teórico-metodológicas e pressupostos curriculares, suas linhas de pesquisa e a diversidade de áreas e campos de conhecimento e em consequência das próprias perspectivas e utopias dos participantes em diálogo permanente. O mesmo prevê, ainda, o conhecimento das várias dimensões de ensino, pesquisa e gestão; a reflexão sobre objetivos, modos de atuação e resultados obtidos; a sensibilização permanente dos envolvidos no Programa para a construção e consolidação de uma cultura avaliativa; participação de professores, técnicos e estudantes no processo de atualização do Regimento, o qual, em 2011 e em 2020 foi atualizado (está prevista a nova revisão em 2025), após discussão e de acordo com as normas da CAPES, regimento geral da FURG, regimento geral da pós-graduação da FURG e regimento do Instituto de Educação da FURG. Regimento que, conjuntamente ao próprio Projeto Político Pedagógico serão foco de ações, por parte da atual gestão (2025-2029) visando sua socialização aos atuais envolvidos nas atividades do PPGEA, sua atualização e revisão a partir dos tempos contemporâneos, da atual gestão e do que acumulamos na identificação de problemas e partes superadas e que necessitam ajustes com vistas a nossa qualificação. Cabe destacar que existia a previsão desta revisão do Regimento e do Projeto Pedagógico do Curso no quadriênio de 2021-2024, no entanto com a pandemia e as recentes enchentes no RS, esse processo foi adiado para o próximo quadriênio.

As atividades desenvolvidas no PPGEA (projetos, seminários, orientações, estágios, entre outras) são acompanhadas pelo Colegiado do Curso, constituído por professores do corpo permanente e que representam as três linhas de pesquisa do PPGEA, e dois (2) representantes discentes (um/a do mestrado e outro/a do doutorado, além de um suplente para cada representante), que se reúne, ordinariamente, uma vez ao mês.

A Coordenação do Curso, sobretudo, atém-se à logística pedagógico-administrativa para o desenvolvimento do Programa, e os professores, particularmente, preocupam-se com a dimensão didático-pedagógica do Curso, engendrando um processo de conscientização coletiva sobre a responsabilidade de avaliar constantemente os trabalhos desenvolvidos e a qualidade do Programa como um todo.

A importância do processo de autoavaliação reside no fato de que a autoavaliação potencializa a reflexão sobre o contexto e as políticas adotadas, suas fragilidades, potencialidades, desafios e soluções. Além disso, sistematiza os dados que levam à tomada de decisões. É a reflexão sobre os resultados que contribuirá para a construção do planejamento estratégico do programa onde são considerados a correção das políticas adotadas e o que se pretende para o futuro. Desta forma, este instrumento tem por objetivo “Realizar um processo de avaliação, participativo e contínuo, fomentando o autoconhecimento e o aperfeiçoamento do PPGEA com foco para a formação dos recursos humanos na pós-graduação, a produção de conhecimentos científicos e a inserção social”. Ainda, são objetivos específicos: contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, da pesquisa, da produção do conhecimento e da gestão do PPGEA; compreender como o programa está impactando na formação de qualidade dos discentes e egressos; compreender o protagonismo do PPGEA a partir dos impactos sociais, culturais, econômicos, educacionais, científicos e tecnológicos que promove na sociedade; estabelecer o espaço adequado para a percepção das qualidades, dificuldades e desafios enfrentados pelo PPGEA; integrar os resultados obtidos com a avaliação para a elaboração do plano estratégico do PPGEA. Neste sentido, o programa definiu como estratégias: a avaliação global da formação discente e produção do conhecimento do programa; a análise das necessidades do programa e da comunidade acadêmica; e o planejamento estratégico em termos de políticas do programa; políticas institucionais; e, integração com o PDI da FURG: https://pdi.furg.br/.

 

Organização do processo de autoavaliação

 

Este processo de autoavaliação está pensado em cinco etapas: preparação; implementação e procedimentos; divulgação dos resultados; planejamento a partir dos resultados; meta-avaliação. A preparação envolve a sensibilização da comunidade para o processo de autoavaliação e a estruturação dos questionários. A implementação e procedimentos envolve a coleta de dados. A divulgação dos resultados, envolve a elaboração do relatório, e deve se dar no âmbito interno do programa através de relatório e reuniões, construindo-se espaços adequados para o debate das potencialidades e fragilidades identificadas e soluções. Os resultados também serão publicizados na página do programa. Com os resultados, a partir da identificação de mudanças e inovações a serem implementadas, será elaborado o planejamento estratégico do programa. Finalmente, na última etapa a Comissão de Autoavaliação deverá avaliar a avaliação, ajustando se necessário, tendo em vista o planejamento estratégico do PPGEA, seus objetivos e suas metas. Diante disso, a autoavaliação teve como pretensão verificar:

  1. Em relação ao discente: parâmetros de avaliação da qualidade das teses e dissertações, aprendizagem, evasão, inclusão no programa
  2. Em relação ao docente: qualidade das orientações, política de capacitação, qualidade de ensino e pesquisa;
  3. Em relação ao corpo técnico: política de capacitação, qualidade de apoio técnico.
  4. Em relação ao egresso: impacto social, educacional, cultural e financeiro.
  5. Em relação ao programa de maneira global: formação de qualidade do discente; ações de acompanhamento do egresso; organicidade do programa; compromisso com a inclusão e diversidade; monitoramento do fluxo de formação e taxas de conclusão e aprovação (entrada, saída, evasão); atividades extracurriculares com participação de docentes e discentes; políticas de inovação; internacionalização.
  6. Em relação à gestão superior (PROPESP): programa de acompanhamento do PPG; Fórum de coordenadores do PPG; Treinamento para coleta de dados (Plataforma Sucupira); Envolvimento da Reitoria e Pró-Reitorias.

O Programa de autoavaliação contempla o permanente acompanhamento do trabalho e desempenho dos envolvidos no PPGEA, e seus resultados são contemplados nas definições da gestão acadêmico-pedagógico-administrativa. Foram instituídas como ações facilitadoras da autoavaliação:

  1. encontros sistemáticos da Coordenação do Curso, professores e alunos;
  2. aplicação de instrumento de autoavaliação desenvolvido no âmbito do programa;
  3. c) realização bianual do Seminário de Autoavaliação;
  4. d) criação de uma Comissão Permanente de Avaliação do PPGEA;
  5. e) realização do Seminário de Discussão Curricular, debate promovido ao final do evento Diálogos da Educação Ambiental (anual).

A Comissão Permanente de Avaliação do PPGEA, instituída em 2022 e composta pela coordenação do curso e representantes discentes, tem realizado várias ações mobilizadoras da proposta de autoavaliação interna do programa. Na sequência são apresentadas as principais ações realizadas no quadriênio 2021-2024, e que terão continuidade no quadriênio 2025-2029.

Os encontros sistemáticos entre a Coordenação do Curso, professores e alunos acontecem em momentos pontuais: acolhida aos novos alunos que ingressam no PPGEA, aula inaugural e início dos semestres e também atividades acadêmicas com convidados externos ou da região sobre temas relacionados ao Programa e a realidade socioambiental do país e mundial. Também ocorrem de forma extraordinária sempre que for necessário rediscutir e compreender outros paradigmas que importam diretamente na autoavaliação do PPGEA e consecução de seus objetivos, tais como implementação de uma política de produção científica e distribuição de bolsas.

O instrumento de autoavaliação do programa foi finalizado e aplicado no período de 07 a 14 de setembro de 2022, seguindo a proposta de organizar os resultados desse processo para o meio termo da quadrienal. Quanto à metodologia do instrumento, o processo de autoavaliação ocorreu por consulta à comunidade do PPG por meio de formulários específicos, bem como a partir de dados internos da secretaria e dos relatórios anuais da produção de cada docente. Foram elaborados três formulários, um para docentes, um para discentes, e um para técnicos, no formulário “Google Forms” com questões abertas e fechadas.

                        A avaliação discente promove o mapeamento da percepção dos estudantes quanto à pesquisa desenvolvida no PPG, disciplinas ofertadas, projetos em andamento, orientação, estrutura administrativa. No questionário consta como possibilidades de respostas: excelente, boa, regular, ruim, péssima e não sei opinar. Ainda, ao final do espaço é possível realizar comentários ou sugestões, críticas ou elogios (pergunta aberta).

                        A avaliação docente visa compreender a percepção dos docentes quanto ao andamento das atividades do PPG, bem como auxiliar na indicação de fragilidades a serem trabalhadas no âmbito do PPG. No questionário consta como possibilidades de respostas: excelente, boa, regular, ruim, péssima e não sei opinar. Ainda, ao final tem o espaço para comentários, sugestões, críticas ou elogios (pergunta aberta).

A avaliação dos técnicos administrativos visa compreender a percepção do TAE quanto à atuação da coordenação de curso; planejamento administrativo proposto pela FURG referente ao regulamento da pós-graduação na FURG e sua relação com o Regimento do PPGEA; infraestrutura do programa. Também a avaliação auxilia na indicação de fragilidades a serem trabalhadas no âmbito do PPG. No questionário consta como possibilidades de respostas: excelente, boa, regular, ruim, péssima e não sei opinar. Ainda, ao final tem o espaço para comentários (pergunta aberta).

            As avaliações internas serão realizadas com base nos números relativos à produção docente e discente, obtidas a partir do controle interno por parte da coordenação, tais como: relação entre o número de candidatos inscritos e o número de candidatos aprovados nos processos seletivos; relação entre o número de discentes e o número de publicações com discentes; percentual de evasão; disciplinas ministradas no programa; número de orientações em andamento; número de orientações concluídas; número de publicações; classificação das publicações (Qualis CAPES).

            Em etapa posterior à coleta de dados, o PPGEA organizou o Seminário de Autoavaliação, com periodicidade bianual, a sua primeira edição foi realizada em 21 e 22 de setembro de 2022 para apresentar os resultados da autoavaliação e estabelecer o diálogo com toda a comunidade acadêmica, docentes, discentes, egressos e técnicos. Existia a previsão da realização da segunda edição do seminário no primeiro semestre de 2024 antes da finalização do quadriênio, mas não pode ser realizada devido aos eventos climáticos extremos no RS e foi adiado para 2025.

 

Primeiros resultados da pesquisa de autoavaliação

 

Os resultados da pesquisa de autoavaliação foram apresentados no Seminário de Autoavaliação, conforme segue o resumo abaixo e os slides anexos. No que se refere ao item “Proposta do Programa” destaca-se que 74,5% dos respondentes estão de acordo com os objetivos do programa, 14,9% consideram que a proposta pedagógica não está adequada às demandas atuais, 55,3% consideram o perfil do egresso adequado às demandas atuais e 97,9% entendem que o projeto de pesquisa contempla a linha de pesquisa. Sobre o “conjunto de disciplinas” do programa, os respondentes apontaram que 76,6% apontam a qualidade e atualidade dos conteúdos, 59,6% consideram a aplicabilidade na pesquisa, e 80,9% a contribuição para formação. Em relação ao “corpo docente”, os respondentes 74,5% apontaram a integração dos docentes com as linhas de pesquisa, 76,6% consideram adequado o conhecimento e atualização dos docentes, quanto ponto forte na orientação dos docentes a relação interpessoal (89,4%) e ponto mais frágil a didática adotada (83%). Cabe ainda destacar que 29,8% consideram regular o regimento do programa, 76,6% apontam como excelente ou bom o planejamento e gestão do programa, e que 85,1% aprovam o atendimento realizado pela secretaria do curso.

A partir da discussão dos resultados surgiram os seguintes aspectos e sugestões para a análise e discussão da gestão e colegiado do PPGEA: incluir projetos dos alunos nos sites; incluir projetos de extensão dos docentes; promover um seminário para a discussão sobre as linhas de pesquisa; ampliar a percepção das demandas da sociedade para as pesquisas e projetos de extensão; criar uma rotatividade da coordenação entre os docentes permanentes; revisar os critérios de recredenciamento (publicação, comissão, etc).

            Além disso, anualmente, é realizada reunião com os docentes, discentes, egressos e técnicos para apresentação do instrumento e resultados da avaliação externa (plataforma Sucupira). A realização anual de Seminário de Discussão Curricular (debate ao final do evento EDEA) potencializa a autoavaliação do PPGEA, pois os docentes e os discentes, em tempo e espaço de discussão conjunta, avaliam o currículo que se concretiza ao longo da formação, problematizando as metodologias utilizadas, as condições de ensino e aprendizagem, num diálogo conjunto, aberto e construtivo. O Seminário de Discussão Curricular configura-se como uma ferramenta importante no processo de autoavaliação tanto de discentes e professores, quanto do próprio Programa, cujos resultados são de grande valia para o seu aperfeiçoamento, contribuindo também para os processos avaliativos da Instituição como um todo. Os egressos do Curso são convidados a participar desse evento, ampliando e qualificando o processo autoavaliativo.

O evento que concentra a discussão de autoavaliação do PPGEA denomina-se “Encontro e Diálogos em Educação Ambiental (EDEA)” que em 2021 contou com a XIII XIII edição, intitulada “Encontro de Diálogos com a Educação Ambiental – EDEA: precisamos falar de cotidianos!”. O evento foi realizado de 25 a 30 de outubro de 2021 e teve 80 trabalhos apresentados. Já em 2022 o evento foi realizado de 22 a 25 de junho e teve como título: “XIV EDEA - movimentos, transformações e contribuições da Educação Ambiental: o EDEA como espaço de reflexões contemporâneas”, com 61 trabalhos apresentados. Em 2023, o evento ocorreu de 8 a 11 de novembro, intitulado “XV EDEA - 30 anos do PPGEA - avanços e desafios de uma Educação Ambiental transformadora”. Por fim, em 2024 o evento foi realizado de 27 a 29 de novembro e teve como título temático: XVI Encontro e Diálogos com a Educação Ambiental: Resistência dos povos à injustiça ambiental nas veias abertas do Brasil meridional. Neste evento, além da avaliação – de caráter interno aos membros do programa – foram realizadas atividades culturais, apresentação de trabalhos, dentre outras.  No site (https://edeappgea.wixsite.com/xvi-edea) e na página do PPGEA são apresentados mais detalhes.

Este Seminário de Avaliação Interna do PPGEA é realizado desde o V EDEA, tendo sequência nos demais EDEAs. Nestes momentos também integra o espaço dialógico as avaliações do programa feitas pela CAPES de modo a pensar continuamente na qualidade do programa a partir de seus pontos fortes e fracos, constituindo-se um relatório elaborado por acadêmicos do curso e discutido com professores/as. No ano seguinte, pois o evento se realiza ao final de cada ano, tais questões são efetivadas/problematizadas/inseridas nas práticas e ações do PPGEA. A partir desse Seminário, foram estabelecidas e realizadas reuniões periódicas de autoavaliação do PPGEA com professores e alunos com o objetivo de implementar uma política de autoavaliação como processo de planejamento ao longo do ano, o que tem resultado em melhorias já verificadas nos anos seguintes.

Nas últimas edições do EDEA se considerou: ampliar o impacto do Programa no contexto nacional; desenvolver ações para que a produção docente e discente tenha relevância nacional; promover ações para fomentar a excelência internacional; produzir pesquisas articuladas com o contexto nacional e internacional; aperfeiçoar a qualidade das dissertações e teses; conhecer, analisar e discutir a coerência, consistência, abrangência e atualização, de forma articulada, entre a área de concentração, as linhas de pesquisa, os projetos em andamento e a proposta curricular. Os itens discutidos foram: Impacto e inserção social e educacional – discutir a relação do PPGEA (o que se pesquisa) com a graduação e a educação básica (suas demandas atuais); o tipo de intervenção (consultorias, extensão, atividades, projetos); estratégias de acompanhamento do egresso na meta de inserção social. Projetos de pesquisa – discutir a importância da aderência  e a maneira de melhor expressar a relação dos projetos de pesquisa com as linhas de pesquisa e com a EA; salientar que a natureza do trabalho, objetivos, referencial teórico, metodologia e resultados ou estágio atual da pesquisa devem expressar tal relação; ressaltar ainda que o número de projetos por linha deve constituir-se de forma integrada entre as linhas e docentes. Sobre as disciplinas – discutiu-se a adequação entre as disciplinas e as linhas de pesquisa; salientando que a nomenclatura da disciplina deve evidenciar a articulação com as linhas e os projetos de pesquisa.  Teses e dissertações – discutir o reflexo da produção das teses e das dissertações nas linhas de pesquisa; salientar que os resumos precisam demonstrar relativa adequação aos objetivos e definições das linhas de pesquisa. Também a organicidade entre as linhas e as teses e dissertações, bem como, entre as teses e dissertações e os projetos de pesquisa desenvolvidos no âmbito das linhas de pesquisa, devem ser considerados. Os resultados obtidos foram positivos no sentido de promover a discussão e elaborar estratégias para melhorar a qualidade do PPGEA. Trata-se, afinal, de um espaço pedagógico permanente e necessário para o aprimoramento do programa.

Ressaltam-se os seguintes pontos fortes do PPGEA:

  1. a) A participação do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental no Fórum dos Coordenadores de Programas de Pós-graduação em Educação (FORPRED), ANPED Nacional e Regional, Educere, e outros têm trazido subsídios importantes para a adequação do programa aos critérios da área e para melhorar a visibilidade das atividades desenvolvidas, atualização e ampliação das relações dos professores/as no campo;
  2. b) Realização de intercâmbios de discentes em outros PPGs e no exterior, através da participação dos discentes de doutorado no PSDE (Doutorado Sanduíche no exterior) e nos editais de mobilidade promovidos pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Além disso, destaca-se o vínculo de discentes estrangeiros no programa e a participação da professora visitante da Venezuela.
  3. c) A inserção social seja junto às redes municipais e estadual, órgãos e instituições públicas, seja na formação e extensão, seja na publicização das atividades e na realização de outras de forma conjunta na região sul é reconhecida e destaque como ponto forte de nosso programa;
  4. d) A participação dos discentes matriculados como discentes-autores e a produção conjunta entre docentes e discentes;
  5. e) A existência da Sala Verde e do Museu Oceanográfico como espaço educador de alunos da educação básica e da graduação, ao publicizar e desenvolver atividades de caráter educacional voltadas à temática ambiental e também disponibilizar um acervo bibliográfico ligado a publicações sobre o meio ambiente, dá visibilidade ao programa, ampliando assim outra fonte de informação para além daquela da homepage;
  6. f) O PPGEA tem características pluridisciplinares e transdisciplinares do currículo, bem como em debate permanente entre professores, os quais alguns advindos de outras áreas do conhecimento que não a educação como formação primeira possibilita um potencial diálogo entre as áreas das ciências humanas como a antropologia, a geografia, a psicologia, o direito, às artes visuais, com outras como a oceanologia, a gestão ambiental, a saúde, a veterinária dentre outras de campos do conhecimento e/ou área diferentes daquela à qual está vinculado o PPGEA (a educação);
  7. g) A contribuição do quadro de disciplinas ofertadas para as pesquisas desenvolvidas pelos discentes e o fortalecimento das discussões nas linhas de pesquisa, conforme apontado na pesquisa e no Seminário de Autoavaliação;
  8. h) A organicidade do Programa e sua composição com professores/as com dedicação exclusiva e com atividades na graduação garante o vínculo com a formação inicial seja no campo da formação educacional seja na profissional;
  9. i) A inserção da FURG no ecossistema costeiro e de ações de outras áreas e campos do conhecimento já consolidados diretamente relacionados a este, bem como a relação com as redes municipais e estaduais e outros órgãos institucionais da região contribuem para que a educação ambiental e a formação que realizamos bem como as pesquisas dialoguem de forma complementar e/ou crítica com tais bases já consolidadas;
  10. j) A consolidação do Programa também pode ser verificada por meio da sua produção intelectual, que no ano de 2024 completou 44 dissertações e 43 teses no total do quadriênio, ampliando a composição total desde a existência do Programa para 408 dissertações e 160 teses publicadas, e 568 trabalhos ao longo dos seus 30 anos de história;
  11. k) As duas revistas ligadas ao programa, à qual a Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental – REMEA – foi qualificada como A3 no último triênio; e a revista Ambiente & Educação: Revista de Educação Ambiental, que foi potencializada para A3 com o apoio de seus gestores em parceria com os desta revista.

 

            No que se refere às fragilidades identificadas no quadriênio e que estão no foco das metas do planejamento estratégico do próximo quadriênio, podemos citar:

  1. a) Atualização das disciplinas e referenciais bibliográficos do programa, diante do aumento de pesquisas e publicações no campo da Educação Ambiental, principalmente na abordagem de temas contemporâneos como justiça climática e sustentabilidade no processo educativo;
  2. b) O tempo médio de titulação na conclusão no tempo previsto ou na média, já que no quadriênio 2021-2024 tivemos alterações e prorrogações significativas por causa da pandemia e os eventos extremos no RS.
  3. c) Número de docentes vinculados às linhas de pesquisas, diante do alto índice de descredenciamento de docentes por aposentadoria e o credenciamento de novos docentes é preciso revisar a distribuição para se tornar mais equânime e identificar as necessidades de temáticas a serem abordadas no PPGEA.
  4. d) Diminuição dos aprovados no processo de seleção do programa, principalmente no curso de mestrado, devido aos critérios estabelecidos e a dificuldade de incorporar a discussão da Educação Ambiental nos pré-projetos apresentados.

 

Considerações finais

 

É importante destacar que a autoavaliação dos programas de pós-graduação da FURG encontra-se articulada aos processos de autoavaliação institucional e avaliação externa. No âmbito institucional, a Comissão Própria de Avaliação (CPA), com apoio da Diretoria de Avaliação Institucional, coordena os processos de autoavaliação vinculados ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) (Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004). Neste âmbito, os estudantes dos cursos de mestrado e doutorado realizam, anualmente, a avaliação dos docentes considerando os aspectos didáticos das atividades de ensino da pós-graduação e os docentes avaliam as turmas, a infraestrutura e a gestão. Os dados produzidos são avaliados pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) e pela Comissão Interna de Avaliação e Planejamento (CIAP) das Unidades Acadêmicas onde estão lotados os cursos de pós-graduação, subsidiando os processos de planejamento e de construção do plano de ação anual das Unidades, os quais estão vinculados aos objetivos e estratégias do Plano de Desenvolvimento Institucional da FURG. Essas instâncias também estão articuladas com o Comitê de Pós-Graduação stricto sensu, formado por todos os coordenadores dos cursos de pós-graduação stricto sensu e pela Diretoria de Pós-Graduação da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Neste Comitê, são avaliadas as demandas dos programas, os resultados dos procedimentos de autoavaliação e da avaliação externa e as propostas de criação de cursos novos, além de constituir-se num fórum para troca de experiências, discussão, avaliação crítica e ajuda mútua entre os coordenadores de cursos. A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação também conta com um Comitê Assessor, formado por docentes experientes em pós-graduação, para avaliação e revisão dos relatórios Sucupira e para a avaliação de propostas de cursos novos. Ainda, a DIPOSG realiza reuniões anuais com os PPGs, com foco nos programas notas 3 e 4, para os quais as reuniões envolvem todo o corpo docente.

Além destes procedimentos, foi aprovada em agosto de 2024 a Instrução Normativa PROPESP Nº 1/2024 que trata especificamente do acompanhamento dos planejamentos estratégicos e procedimentos de autoavaliação dos PPGs. Desde 2023 é realizada pelas coordenações via sistemas.furg.br o preenchimento de um relatório com informações relativas à autoavaliação anual do PPG, que permite à Diretoria de Pós-Graduação (DIPOSG/PROPESP) e à Diretoria de Avaliação Institucional (DAI/PROPLAD) o acompanhamento. Ademais, proporciona aos PPGs a manutenção de um histórico das atividades de avaliação interna dos seus cursos, que poderão dar subsídio à construção do relatório quadrienal da CAPES. Ainda, para auxiliar nos procedimentos de avaliação e planejamento de cada PPG, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, em acordo com todos os PPGs, contratou via recursos PROAP a Plataforma Stela Experta-PG, que permite às coordenações o acompanhamento das variáveis quantitativas do seu PPG, além de proporcionar uma análise comparativa com outros PPGs, possibilitando a organização de um Planejamento Estratégico orientado.