Principiologia de uma pedagogia ambiental afrodiaspórica : uma contribuição para o rompimento do ontoepistemicídio?
Autor: Marcel Jardim Amaral (Currículo Lattes)
Resumo
Estudar o que nos afeta significa estar constantemente sintonizado com a práxis, a ancestralidade e a reflexão sobre a nossa própria existência. A tese intitulada "Principiologia de uma Pedagogia Ambiental Afrodiaspórica: uma contribuição para o rompimento do ontoepistemicídio?", foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (PPGEA), pertencente a linha de pesquisa: Fundamentos da Educação Ambiental (FEA). Ela parte da compreensão de que tanto a Filosofia Africana Ubuntu quanto a Educação Ambiental Popular (EAP), ambas perspectivas críticas e emancipatórias, desempenham um papel significativo na promoção de ontoepistemologias diversas. Por meio das conexões identificadas entre esses dois horizontes e com o objetivo de promover a superação do ontoepistemicídio, propomos a principiologia de uma Pedagogia Ambiental Afrodiaspórica. Nessa abordagem, apresentamos análises reflexivas das tragédias coloniais, também fundamentadas no quilombismo (NASCIMENTO, 2002), enfatizando a valorização socioambiental das comunidades africanas e afrodiaspóricas. Isso estimula a superação da desigualdade racial e contribui para uma análise profunda e transformadora das questões ligadas à colonização. Concluímos, que o projeto político colonial de opressão e subordinação, é exposto à medida que o estudo confronta o ocidocêntrismo. Além disso, a Pedagogia Ambiental Afrodiaspórica se apresenta como uma alternativa viável para somar às demais pedagogias da diversidade existentes, todas elas com o objetivo de desafiar e confrontar o ontoepistemicídio. Este estudo sublinha a importância do debate antirracista na educação, contradizendo perspectivas coloniais e propondo ao término, nove possibilidades para fortalecer relações emancipatórias diante das expressões da colonialidade.